Despesas dos pais aumentam com crianças em casa nas férias

Gastos com energia, alimentação e passeios pesam no orçamento familiar.Revezamento entre pais de colegas e programas ao ar livre são as dicas.

Em época de férias escolares, aumenta o tempo livre das crianças e também os gastos dos pais. De acordo com o professor de finanças Ricardo Araújo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as despesas dos pais podem aumentar em mais de 50% depois do fim do ano letivo.
Nas férias, aumentam os gastos com passeios, viagens, alimentação e também de energia elétrica, uma vez que as crianças assistem mais televisão e também gastam mais tempo em frente ao computador.
Os especialistas afirmam que as famílias que pretendem economizar devem evitar mandar os filhos para o shopping center. "É um programa 'furadíssimo". Uma vez ou outra, tudo bem, mas se garantir no templo do consumo é facada no orçamento. Tem as brincadeiras, os lanches, as vitrines", diz Gustavo Nagib, autor do livro "Guia
Dividindo custos
Para Nagib, existem formas de ao menos amenizar o aumento dos gastos com as crianças em casa entre dezembro e fevereiro. Uma arma é conversar com outros pais, promovendo um revezamento de atividades que reúnam crianças de diferentes famílias.
“Não é justo (economicamente) uma só família servir de 'acampamento' para a criançada. É mais simpático revezar o lugar do que cobrar diária dos pais mais 'deitões'”, ressalta.
Colônia de férias
Para o autor do guia de economia, uma boa pedida para diminuir as despesas nessa época do ano pode ser investir numa colônia de férias. “Num primeiro momento, pode parecer uma opção cara, mas é garantia de duplo acerto: não aumentam as despesas em casa e é garantia de divertimento às crianças. Nem todas têm preço alto. Ao final do período, na ponta do lápis, vale a pena”, diz.
Outra forma de economizar é incentivar o uso criativo de playgrounds e piscinas de edifícios e condomínios. “Férias são o período que os amigos do prédio, da vila, da rua podem se encontrar. Onde eu morava organizávamos campeonatos de pingue-pongue, futebol de botão e videogame. Todos brincavam, havia motivação e o gasto era quase zero”, lembra Nagib.
Fontes:
Imagem: G1
Texto: G1